Tudo o que tem lá, lembrem-se, é simplesmente tudo o que eu estava acostumada a comer rotineiramente. A única exceção é o já famoso croissant do Abrahão, mas foi um fraco erótico e meu joelho se dobrou três vezes -- o suficiente. O resto é tudo hábito antigo.
Gente, não dá, olhei pra minha barriga e perguntei: "Você quer mais de mil calorias"? E a resposta foi certeira: "Não, obrigada". Então eu vou, leio tudo, calorias, gordura, pego a foto, anoto tudo, visual, olho bem, informação pro meu cérebro, vamos registrar, olho outra vez, absorvo, entendo, respiro, conquisto e num clique de mouse eu me livro da tentação de retardar a minha evolução em busca de mais leveza. Não vai me retardar porque eu não quero, tenho o poder pra decidir o que eu quero e o que eu não quero, e é simples assim -- mas nem sempre! Mas, nesse momento, eu perguntei pra mim mesma o que era mais forte: minha vontade de comer ou meu desejo de continuar evoluindo? A vontade de continuar ganhando leveza falou mais forte e a boîte noire é que ficou mais cheinha hoje, não fui eu.
Mas isso não é tudo e não pára por aí porque já disse mil vezes que não sou adepta de proibições. Sou adepta de tudo, porém tudo a seu tempo. Não é o momento de comer mais de mil calorias numa única refeição. Mas o que tem nessa refeição que eu queria? Lingüiça. Uma simples vontade de comer lingüiça.
E aí? Vou virar Miss Força de Vontade agora e sair pulando e gritando "não comi, não comi" só pra cair na próxima esquina, quando ninguém tá olhando, daí ficar amargando meu arrependimento sozinha só pra querer comer mais? Nem morta.
Qual é então a saída pra essas vontades súbitas que surgem no meio da reeducação alimentar que você obviamente não deseja retardar? Ah, seu eu tivesse todas as respostas, não é mesmo? Escreveria um livro. rs A verdade é que eu não sei a resposta. Eu só sei o que eu fiz hoje. Só sei o que eu tô pensando agora. E é tudo racional e razoável, nada demais, no magic, não tem heroísmo.
- Primeiro, decidi o que queria. Meu querer: não Giraffas, sim evolução.
- Segundo, preciso lidar com a vontade. Uma vontade é uma coisa que existe e precisa ser reconhecida. Ignorar, fingir que não tá lá, pensar em alface, nada disso funciona (comigo, é auto-engano).
- Terceiro, preciso de estratégias pra lidar com essa vontade. Você não sucumbe, você traça estratégias, saídas possíveis.
Poderia ir no shopping agora, escolher qualquer self-service e comer UMA LINGUIÇA. Escolheria. Pegaria a que me parecesse a mais sequinha. Tiraria toda a gordura evidente com o garfo. Saborearia.
GANHO: vontade saciada.
PREJU: nenhum, no máximo umas 400 cal e um consumo de gordura saturada não programado, duas coisas que eu posso equilibrar no mesmo dia ou nos seguintes.
Percebem como o preju seria realmente nenhum se você encara o negócio racionalmente e não com emoções (negativas)?
Outra estratégia possível seria entrar no site da Sadia, fazer uma escolha e ir no supermercado comprar.
GANHO e PREJU: os mesmos da estratégia acima.
E se ficasse um pacote de lingüiça em casa? Ah, tem sempre família pra comer. E se não tem, tem sempre alguém que de muito bom grado vai adorar ganhar.
A minha estratégia do momento? Seria a primeira, não fosse o fato de que eu tenho coisas mais importantes pra fazer hoje e uma ida ao shopping vai me tomar tempo que hoje eu não tenho disponível. Mas com vontade eu não fico. Vou comer um bifão no almoço assim que terminar de escrever isso -- dois bifes fininhos, que seja, aqui não tem bifão. rs Vir aqui, falar e guardar na caixa preta já ajudou tremendamente. Depois do almoço eu vou estar saciada, o que vai ajudar também. E se amanhã eu ainda acordar com vontade de lingüiça às 7h da manhã, pode crer que assim que abrir o shopping, às 10h, eu vou estar na praça de alimentação, sorridente e calma como uma Miss: "E aí, será que até às 11h já rola um almocinho"?
Pronto. :)
Espero que esse exemplo da vontade súbita de lingüiça (tão infame e de dúbias conotações, como o croissant do Abrahão) efetivamente ajude alguém com as suas próprias vontades súbitas, as dezenas de vontades súbitas que tentam nos retardar no meio da nossa busca por leveza.
Quem dera eu fosse Wonder Woman
Quem dera tivesse essa cinturinha
Mas chego lá
Linguiça... até que gosto, mas não tanto. Agora tô assim, de uma metidez tremenda. hahaha Que nada, sou assim também, tento escolher.
ResponderExcluirSó de pensar em me privar já sinto fome, assim fica dificil. Então, sempre me permito coisas, mas não tenho me permitido muito açúcar por motivos além-peso. Que bom colocou isso na caixinha, a minha - se existisse - já estaria abarrotada! hahah
Bjs
Eu também tô low sugar -- tirando aqueles episódios de você sabe o quê... rs Com pouco açúcar, mas muito afeto! :D
ResponderExcluirVencer esses desafios é um grande passo no controle da compulsão! A gente sente um grande orgulho depois né? A sensação de estar no poder e não ser dominada pela comida é ótima!!!
ResponderExcluirQuanto à sua pergunta: pode ser vinagre balsâmico sim, ou vinagre comum.
A pimenta síria eu compro no mercado, mas não é essencial, se não achar não faz mal. No mercado eu já vi um tempero que dizia "tempero árabe para quibe", é a mesma coisa.
Bjs
Ah eu vou procurar os dois então. rs Brigada, Tati! :D
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