terça-feira, 24 de novembro de 2009

Under the weather -- no more!

Oi. Eu começo a escrever esse post às 22h04 e vou tentar ser breve. Eu vim aqui dar uma satisfação. Ah, vim. Isso apesar de que um amigo (recente) volta e meia me diz: "Ah, pára de se explicar"! Mas eu tinha que dar uma satisfação pela ausência prolongada. Satisfação implica consideração pelos outros e é isso o que eu tô fazendo. Pelo menos nove pessoas seguem esse blog. E pode ser que haja outras dezoito ou quatro que não seguem, mas passam por aqui. Isso pra mim é o suficiente.

Eu acabei de chegar da rua. Chuvão, chuvona.
Mas foi só hoje que eu consegui sair de casa.
Com essa chuva.
De guarda-chuva.
Pra ir ao supermercado.
Quarto ou cinco quarteirões, algo assim.
Depois voltar carregando eu, sacolas e guarda-chuva.
Tudo isso na chuva, com chuva.
Como se explica isso?
Não sei, só sei que foi assim.

Sexta-feira, sábado, domingo, segunda-feira, hoje...
Eu fiquei todos esses dias dentro de casa, absolutamente improdutiva, inerte, imobilizada por mim mesma, por meus próprios pensamentos e dores.
UNDER THE WEATHER.
E isso é tudo o que eu vou dizer sobre o assunto porque eu não quero deixar o tempo ruim contaminar esse espaço. Esse blog é meu projeto superação. Não vai virar espaço de lamúrias. No máximo, a gente pega uma garoa. Mas chuvão, chuvona, nunca. Por outro lado, eu também não posso abandoná-lo/meu projeto/vocês cada vez que me sentir assim, porque isso são marés, tempestades, elas mudam, elas vêm e vão. Então, fica aqui pra mim mais um aprendizado. Pensei nesse blog todos os dias e em vocês. Senti falta. Mas eu não tinha o que dizer que fosse produtivo ou coerente. Então, o que eu tiro disso, o que posso fazer? Bem, da próxima vez que isso acontecer, vou me segurar por aqui assim que notar os primeiros sinais de tempestade se aproximando, vou me preparar, não vou me deixar levar. Não estou sozinha e tem farol nesse mar...

A boa notícia é que -- e aqui, sim, vai uma senhora superação -- eu não sucumbi ao apetite emocional em todos esses dias. Eu continuei comendo direito! Eu não tentei aplacar a dor com comida. Gente, isso, pra mim, é realmente muito importante e significativo. Vocês sabem do que eu tô falando. Tô falando de banquete no vale das lágrimas, aquela coisa horrível de comer chorando, porque o mecanismo de alívio que você conhece é simplesmente abrir a boca, comer, comer e comer. É o conforto que a gente procura, o fim da dor -- como se fosse possível! Mas, é... Por algumas horas e nada mais. Algumas pessoas fazem isso com bebida, outras com drogas ilícitas, gente como eu faz com a comida. E eu tô usando o verbo no presente de propósito. É questão de ser honesta comigo mesma. Não vou mentir só porque tem gente lendo. Não fiz isso dessa vez, é verdade e tô de parabéns, mas ainda não me sinto forte o suficiente pra afirmar no pretérito.

E como nada é perfeito... Ah, maldito croissant! Mas isso foi dias atrás na facul. E com esse calor! Esse deve ser o terceiro que eu como -- na vida. rs E, olha, vocês querem saber? Eu já tô enjoando dele! Por favor, anotem, divulguem, escrevam nos seus blogs tipo plantão Jornal da Blogosfera Light: "Bella diz estar enjoando do croissant do Abrahão". Olha que momento! Totalmente tablóide. rs

Só faltou foto de paparazzi flagrando eu e o croissant, distantes, em momento de crise, ele querendo discutir a relação e jogando pesado, com todo aquele chocolate se derretendo só pra mim, mas eu nem, firme! Vai lá na boîte noire quem não viu esse "moço" e é absolutamente fiel ao seu alface! rs

Ah, e quando eu desci pra ir no super, quando ponho o nariz pra fora depois de cinco dias, quem tava na porta? O moço do delivery do The Fifties! rs Ai, não, só rindo! :D

Então é isso, meus amores. Tô em pé. Só não fiquei em pé na dita cuja hoje mesmo (poderia ter feito isso antes de ir no super) porque, confesso, tô com um pouco de receio. Um pequeno receio, porque foi muito bom sair do dígito 9 e foi até rápido. Os primeiros quilos pra mim são sempre assim. Mas é muito natural porque se reduz demais as calorias, né? E quanto mais gorda, mais você perde proporcionalmente ao seu peso inicial -- os famosos primeiros 10% ou um pouco menos. Quando você começa uma reeducação com o objetivo de ganhar leveza, além de mais saúde, naturalmente você sai de um consumo exagerado pra bem menos. Então dá aquela enxugada maravilha mesmo.

Mas, óbvio, não vou fugir da balança. Eu sei que agora começa pra valer o teste da paciência. Paciência pra colher os resultados.


TROCAS INTELIGENTES que fiz na compra de hoje:
  • chocolate com 60% de cacau ou mais
  • bala de iogurte em vez de bala toffee (com gordura trans)
  • cookies integrais diet e light 
Taí coisas que eu não compro geralmente, por isso chamei de trocas. Acho que preciso ter algum tipo de açúcar em casa fora as frutas, a gelatina e as barrinhas de cereal. Ter por perto. Acho que não ter é o que me fez comer o croissant na semana passada. Se eu tiver um chocolate decente em casa, não preciso me entupir até a medula com aquele croissant enorme que já falei dá pra quatro pessoas tranqüilo.

As balas toffee é algum maníaco que dá pra minha mãe sempre e ela enche a bonbonnière da sala. TV, sala, bala toffee. Já viu, né? Eu acabava comendo uma ou duas de vez em nunca e era gostosinho adoçar a boca. Mas com gordura trans? Não, obrigada. O que eu fiz hoje? Enterrei tudo com bala de iogurte. Vou me entupir de bala de iogurte agora? Óbvio que não. Mas a bonbonnière é minha, perceberam? É a minha bandeira cor-de-rosa lá agora. Isso é poder, minha gente. Pura estratégia militar. rs E o visual? Uma coisa é ver um pacote de sonho de valsa e pensar: "Não posso, tenho que resistir". Outra bem diferente é ver um chocolate extremamente saudável e pensar: "Eu posso". Na medida, sem exageros e sabendo que não fará mal. É esse o lance. Não sou fã das proibições. Mas gerenciar é perfeitamente possível.

Os cookies não são exatamente substituição porque há anos não como bolacha doce -- sei lá, coisa de criança, larguei mão faz tempo. Mas só barrinha tava ficando tedioso. Queria outra coisa crunch crunch. Cookies! Li os rótulos atentamente. Hoje comi quatro que somam apenas 107 cal -- quase o mesmo de uma barrinha! Viu? Uma variação boa. Quando tiver mais tempo, vou postar os produtos aqui pra fazer merchan de grátis pra esse povo. rs

Por fim, preciso registrar que hoje, afinal de contas, foi um dia especial por dois motivos.
1) Alguém me escreveu algo que eu nunca tinha lido, nem ouvido. Algo sobre amizade e amor. Me fez bem. :)
2) Um amigo muito especial defendeu hoje sua tese de doutorado. E eu esperei muito por esse dia. Primeiro, porque é uma conquista dele e isso me faz feliz. Segundo, porque eu tenho um monte de presentes que não podia mandar antes pra não distrair e eu quero que ele se distraia muito com eles -- agora, sim! Terceiro, porque... Eu o quero bem, como diz na música do Tim. :)

Ainda não acabou a época de provas e eu tô daquele jeito, mas amanhã eu subo na dita!

Ilustrações: nabhan

7 comentários:

  1. Tenho tanta coisa para escrever aqui, mas volto depois, tenho que sair agora. Na correria mesmo, de sempre! :P Bjs e até mais tarde.

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  2. Olá Bella! Adorei o seu blog!
    E a idéia da caixa preta também! Vou copiar!
    Bjs

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  3. Oie! Bom saber que você está por ai.
    Querida, vá no seu tempo - TODO MUNDO sem excessão tem dias que acorda e não está a fim.

    Eu tenho MUITO isso. Mas qdo vier ver suas coisas na net, dá uma passadainha para ler o meu blog, estou indo viajar, e vai ter bastante coisa para contar nessa 1 semana fora.
    Bjão, Jú

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  4. Bella, esse foi seu post breve é? Ha ha Estou com medo do que for longo...

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  5. Olha, bem ou não, se quiser, venha falar aqui, ora. O blog é um espaço todo seu e para tudo que quiser... todo mundo sabe que a vida não é toda perfeitinha; a gente cansa, se irrita, fica chata, chora, sente dor, sono, etc. Normal.

    Essa opção de chocolate 60% cacau já é reicidente ou nunca fez isso antes? Achei amargo demais, não gostei da troca não. Preferi ficar sem o chocolate! HA HA E não abafar segundos de dor com a comida é uma grande coisa, sério mesmo. A gente aprende que não dá mais para ser assim e cria outros meios.

    Hoje meu meio foi sair de casa e andar loucamente por aí, bateno perna pra lá e pra cá. O fato de me movimentar e de ver o movimento ajudou bastante. È um meio que não foi comer... ao menos isso.

    E se paciência fosse vendida eu pagaria milhares de prestações, pois é algo que preciso aprender a ter e me falta muitas vezes. Só tenho por obrigação porque não dá para ser diferente! \o/ Mas ainda bem que pelo menos a gente está conseguindo algumas coisas boas, não é?

    Bjs e vamos juntas nessa correria toda da vida!

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  6. Vai, amiga, força nesse divã-tricô-blogueiro SP/BA. rs Agora preciso eu te dizer que quando começo dizendo que vou ser breve é porque NÃO vou? rs

    Bella: Olha, eu vou ser breve. Só uma toalhinha de vasinho, sabe aquelas?
    *tricô* *tricô* *tricô*
    Três dias depois...
    Bella: Acabei!
    Bella exibe orgulhosa sua manta de tricô, sem nenhuma utlidade aparente, mas tá bonita.
    Aline: Que é isso?
    Bella: Ué, a toalinha! Ela foi crescendo no processo tricoteiro... Vida própria, meus dedos foram meros instrumentos.
    Aline: Ahhhhhhhhh...

    rs

    Marília, brigada! Já te achei, pode copiar, fique à vontade e acho ótimo você fazer RA agora sem doideiras. Acho mesmo. Que exceção. Dou o maior apoio! :)

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  7. Juuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
    Ai, como meu coração é escandaloso... rs
    Já tô indo. ;)

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