Essa saga sherlockiana começa na revista Saúde, passa pelas prateleiras do supermercado aqui do bairro, faz um pitstop na revista The Lancet, uma das publicações científicas mais conceituadas do mundo, e termina numa patente que pertence a um gigante da indústria alimentícia e sexta maior empresa privada dos EUA -- os donos do M&M's e do Whiskas que você dá pro seu gato. Adicione a tudo isso uma pitada generosa do bom e velho marketing, aquelas coisas que te convencem a comprar um produto ainda que se trate de propaganda enganosa ou no mínimo duvidosa, porque você não sabe que assim o é.
Mês passado, escrevi um post sobre trocas espertas, baseado numa matéria da revista Saúde, de onde citei a seguinte informação.
Troque o CHOCOLATE AO LEITE pelo AMARGO ☸
O doce de cacau se notabilizou como um amigo do sistema circulatório. Mas não é todo chocolate que, de fato, prova sua amizade às nossas artérias. O tipo que merece respeito é o amargo. “Ele possui menos gorduras saturadas que o branco e a versão ao leite”, afirma a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de Nutrição. “Sem falar que fornece catequinas, substâncias que ajudam a sequestrar o LDL e impedir sua oxidação”, diz. Mas fique atento ao rótulo: amargo de verdade tem mais de 60% de cacau em sua composição.
- Revista Saúde, junho de 2009
Como alguém que adora chocolate, inclusive os amargos, essa notícia me animou. Achei ótimo ter a possibilidade de um chocolate mais saudável. Próxima parada: supermercado. Entre as opções disponíveis com 60% de cacau ou mais, tinha o Excellence Dark, da suíça Lindt (85% de cacau), e o Special Dark Tradicional, da Hershey's (60% de cacau). Fiquei com o da Hershey's por motivos óbvio$.
A linha Excellence tem variações em quantidade de cacau que vão de 70% a sólidos 99%. o_O Coisa fina. Já a Special Dark é mais modesta no cacau. Mas a Hershey's foi esperta ao imprimir na sua linha um atrativo de marketing saudável, um selo que diz: "cacau é uma fonte natural de flavonóides antioxidantes". Ah, que ótimo! Seriam esses flavonóides a tal da catequina da revista?
Isso vocês vão saber no próximo post. :)
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Bella, você sabe que teve uma época, os chocolates com teor mais alto de cacau eram difíceis de achar aqui no Brasil. Em uma das vezes que fui estudar na Alemanha, fui na loja da Lindt em Berlin, e comprei uma barra com 75%, outra com 85% e outra com 99%. NUNCA tinha experimentado, nem sabia o que esperar - era mais uma daquelas que acham que cacau é docinho. rs. Bem, o de 75% e o de 85% eu coloquei na boca e consegui engolir, embora não tenha sentido nenhuma relação especial com o gosto. Quando fui colocar o de 99%, eu senti um enjôo imeditado. Cuspi. Nem foi muito caro para eu me preocupar em ter que comer pra não desperdiçar, mas como sempre faço com coisas que eu não conheço, peguei um pedaço bem pequeno.
ResponderExcluirGostei de confirmar pelo teu post que chocolate amargo é mais saudável, mas comigo não tem jeito, gosto do chocolate ao leite (branco ou preto) - de preferência cheio de castanhas, passas, frutas, doce de leite ... yum...!
Menina, tô aqui na sala da TAM, aguardando o vôo, lendo teu blog e com a boca salivando!!!
Bjão! Jú
Mas então combina eu te chamar de Ju bombom! Tem cara de bombom e jeitinho de coisa doce... ;)
ResponderExcluirEu nem imagino como deve ser um teor de 99% de cacau! Eu vou postar as proporções de cacau que geralmente vai em cada tipo de chocolate -- branco, ao leite, meio amargo e amargo. O cacau in natura, então, dá pra imaginar que gosto "amargolino" deve ter? Ui! >.< rs
Beijos, querida, já vou te visitar em Sergipe! Via virtual, primeira classe... rs