sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Fome de quê?

O que eu não comi hoje ontem e guardei na boîte noire: pizza de frango com Catupiry e (agora que eu sei como é bom) outro croissant de chocolate do Benjamin Abrahão. Mas esse (confesso) foi por pouco. Eu fui comprar, mas tinha acabado. Providência divina mandou mais gulosos na minha frente? o_O Não, foi pior do que isso! Não contente, ainda fui em outro lugar, atrás de um outro croissant, muito menos gostoso. Chegando lá? Esse também tinha acabado! E aí, com mil outras opções de chocolate e até brigadeiros enormes, eu não quis, fui embora!

Como se explica isso? Era fome de quê? É óbvio que eu tava frustrada. Mas o que me espanta é: como um apetite emocional pode ser assim tão específico?... Aí, no caminho de casa, começo a pensar em pizza. Teria que chegar em casa, pedir, esperar. Dá mais trabalho e tem um intervalo de tempo entre QUERER e SATISFAZER muito maior do que o tempo de um balcão. Eu garanto pra vocês que entre ligar e a pizza chegar, já teria dado tempo de eu me arrepender. Não posso dizer o mesmo do croissant... Eu preciso (quero) entender o que acontece, que mecanismos são esses, que hábito é esse e como domá-lo. A frustração não passou ainda, mas nada que meu travesseiro não resolva dentro de uma hora ou duas.

Eu vou agora comer muito bem! Tô pensando numa pizzinha de atum improvisada, aquela do pão de fôrma que a gente põe no forno. Molho de tomate, bastante atum (que é proteína do bem), uma fatiazinha de tomate, cebola. Depois de quente, azeite, pimenta e orégano. O cheirinho é exatamente igual ao da pizza de atum da pizzaria.

VOU SABOREAR A MINHA JANTA. VOU ME SACIAR E FICAREI SATISFEITA E NUTRIDA.
JÁ A FOME EMOCIONAL A GENTE MATA E, NO ENTANTO, ELA NUNCA MORRE.
Boa noite pra vocês.

Amanhã: depilação, supermercado, livraria, facul, cozinha, catching up with my blogger friends, farmácia, estudos, manicure... Espero que dê tempo de fazer tudo.

2 comentários:

  1. Oie.. nossa, falou tudo. Infelizmente a fome emocional não se mata, mas no meu caso, eu a aprisiono. Ela grita, mas deixo ela lá até cansar. Eu também nunca entendi o pq da compulsão aparecer mais forte para determinados alimentos - eu agora, por exemplo, quero sorvete. E não é 1 sorvete, é MUITO sorvete, tipo me empanturrar de sorvete. E no meu caso, aprisionei a vontade não comprando o sorvete. Normalmente, se estivesse na minha casa, eu iria tentar comer outra coisa, doce também, até a vontade sumir. Mas aqui na chácara não há nenhum doce, ou seja, vou tomar H2OH (de abacaxi com hortelã) e me focar em outra coisa. rs.

    Bjos, Jú

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  2. Pois é, né... Esse negócio de tem/não tem... (como o meu croissant...) o_O Mas não é só isso... Tem mais coisa aí...

    Isso que você acabou de dizer, Ju, me lembrou da psicóloga, aquela que freqüentei daquele jeito que já contei... Tava falando pra ela que tinha deixado de comer chocolate porque não conseguia comer "um quadradinho", um alpino, um batom, um sonho de valsa, um bombom... Pra mim, aquele "umzinho" inofensivo, que não atrapalharia ninguém em absoluto, pra mim era a faísca na pólvora. Não tinha como, não tinha jeito, não dava! Então, eu não tive escolha senão abolir o chocolate completamente.

    E acabei com 96kg tudo de novo. Quer dizer, adiantou? Não.

    Hoje eu fui de UMA BARRA OU MAIS por noite (o que dá pelo menos UM QUILO E MEIO de chocolate por semana o_O) pra uma balinha toffee de chocolate ou um bombom de vez em quando quase nunca. O que antes era a faísca na pólvora pra mim simplesmente deixou de ser. Como eu não sei, mas deixou, e na maioria dos dias eu vou assim, tranqüilamente como um barquinho a deslizar, totalmente bossa nova.

    Mas me pega num dia ruim e acontece isso aí que escrevi nesse post. Mas pra quem já comeu um quilo e meio de chocolate por semana, acho uma vitória. Ainda tem coisas que eu não entendo sobre mim pra não ter esses arroubos emocionais com comida, mas eu chego lá.

    Às vezes eu gostaria que existissem profissas pra ajudar a gente nessa parte... Não com obviedades terapêuticas, mas uma abordagem prática e individualizada. Acho que CBT (cognitive behavioral therapy, nem sei como se diz isso em português) ajudaria, mas me parece (talvez) pedir muito, considerando-se como o nosso país lida com problemas de saúde pública.

    Se tem isso no HC aqui em São Paulo, por exemplo, eu ficaria surpresa.

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