Adaptação e smart recomeço

A vida não tá fácil, mas eu também não poderia imaginar que estaria onde estou hoje, fazendo o que estou fazendo. É o tipo da coisa que você não planeja e, quando se dá conta, o trem vai a mil por hora, e você tá dentro.

Não tinha como ficar tudo lindo e normal. Precisava mesmo de um tempo pra eu me adaptar à nova situação, em vez de querer sair pela tangente, que é o que eu tava fazendo.

Retomei a RA pra valer tem pouco tempo (28 de abril), e arrumei uma solução que tem funcionado bem pra mim, na impossibilidade de atualizar o blog: a câmera do celular.

Tava difícil continuar sem o blog. Com ansiedade, stress e o demo a quatro, fatalmente eu tava voltando ao modus operandi antigo, o de ter na comida o meu alívio de todos os dias. Aquela história: tem gente que pode e tem gente que não pode. Uns comem e não engordam nunca, outros, o oposto. E o resultado disso foi bater na casa dos 90kg tudo de novo, todo um esforço de quase chegar na casa dos 70kg, tudo por água abaixo.

Se não me falha a memória, eu comecei com 96kg e consegui enxugar uns 15kg, tava muito perto de conquistar a tão almejada casinha dos 7, esse número quase sobrenatural. rs Há pouco tempo, fui me pesar e vi 93kg na balança, tomei um susto. Depois, no médico (endocrino), ele constatou 88,8kg. Ainda depois desse dia, me pesei de novo, e vi 92kg. E, poucos dias atrás, 90kg.

Foi nesse sobe e desce, tendo a plena consciência de que eu tava de volta ao modus operandi "food is my everything", mais a constatação de que a minha vida atual não vai mudar (tão cedo), salvo mais uma surpresa inesperada que a gente não planeja, tudo isso me levou a voltar pra reeducação alimentar com toda a força. Fora os médicos. Ah, os médicos...

Mas como voltar sem o blog e sem a situação mais do que confortável de antigamente, quando eu comecei?

A solução tava na minha frente: smartphone.

Uma porcariazinha Java e muito fake da Motorola, que, tendo sido comprada pelo Google, descontinuou a loja de apps antiga e deixou todo mundo que tem esses smarts mais velhinhos na mão. #obrigadamotorola Mas tem uma câmera essa peça de museu, infinitamente pior do que a minha de 7 megapixels, que já era ruim, essa tem só 3. rs E daí? Tô pouco me lixando pra qualidade das fotos.

Fato é que eu precisava muito voltar a ter uma memória visual de como eu estou me alimentando. O que eu comi hoje? E na semana? Comi bem? Foi bem variado? Teve todos os grupos de alimentos? Tá faltando nutrição aqui? Tá repetitivo? Precisa de mais variedade? Foi na quantidade certa? Não estou me privando de nada? Estou dosando bem o que é saudável e o que é guloseima? Que horas eu comi? Quantas vezes no dia? Comi poucas vezes, muito, ou comi pouco, várias vezes, com bastante nutrição, sem passar vontades e na medida certa de calorias?

FOTO. A foto diz tudo e responde todas essas perguntas. Na RA, a gente tem que saber essas coisas de cor e salteado, senão não funciona. Isso foi o blog que me ensinou, e os 15kg que eu enxuguei sem remédios ou temporadas caríssimas em spas, que é o que eu fazia antes, bem antes...

Ter o blog, contar as coisas, trocar uma ideia com outras mulheres e, principalmente, fotografar FUNCIONOU MAGNIFICAMENTE. E eu era uma cética, bem cética, não tinha certeza se ia funcionar pra mim. Às vezes, hoje, eu acho que eu comecei esse blog e nem era eu, ou que tive um arroubo de entusiasmo mega otimista. rs Mas não foi bem assim, porque tá aqui a prova de que funcionou, com todos os percalços, é verdade, mas teve uma continuidade aqui e uma persistência de meses a fio que eu nunca tinha conseguido antes.

Foi só quando eu fiquei sem condição de blogar que eu percebi que, de todos os elementos, a FOTO era o mais essencial pra eu conseguir voltar pra RA e me manter sozinha (ou quase, na maior parte do tempo) na trilha da leveza.

Vou fazer posts ocasionais. E, da próxima vez, coloco as fotos aqui. :)

Muita gente que tá na correria -- e quase todo mundo tá -- deve estar se perguntando por que eu fiquei sem condição. Não é falta de tempo, porque se trabalho demais num dia, no outro, procuro puxar menos. Tem vezes que desligo do trabalho e ainda tenho, até a hora de dormir, umas 3 ou 4 horas de relax, isso porque vou dormir entre 1h e 2h.

Mas preciso demais, demais mesmo, sair da frente do computador. Meu corpo pede uma horizontal, meus dedos não querem digitar um "a" a mais que seja, meu cérebro imploooooooora por um relax mental que me permita realmente desligar, pra que eu possa dormir bem e começar tudo de novo no dia seguinte.


Um beijo a todas que estão na RA, conheça eu você ou não. :)